O documentário AmarElo – É Tudo Pra Ontem explora todo o processo de criação do projeto AmarElo, do músico e militante negro, Emicida. Criado em estúdio, AmarElo foi apresentado no Theatro Municial, em São Paulo, 2019, em um show que abordou a história da cultura negra no Brasil.
Abaixo, você confere alguns temas presentes no documentário e algumas citações que podem te ajudar a construir o Repertório Sociocultural.
Escravidão
O filme reflete sobre a abolição da escravidão no Brasil e sua herança, que resultou em poucas políticas públicas para esta população sem renda e sem emprego, acarretando em um aumento de pessoas negras na linha da pobreza e da marginalização.
Cultura hip-hip
O documentário fala do surgimento da cultura hip-hop nos EUA e como ela se espalha pelo mundo nos anos 70. Através do rap, do break e do grafite, os jovens da periferia de São Paulo encontram um meio de se expressar e se conscientizar sobre o racismo e a desigualdade social.
Essa cultura vende milhões de discos, conecta a classe trabalhadora ao pensamento dos intelectuais negros e se funde ao samba.
“Vencer é muito mais do que ter dinheiro. Logo, esses jovens querem mais do que ser famosos (sic), querem reescrever a história desse país”
Emicida
Política
Emicida traz nomes de grandes personalidades que lutam e lutaram pelas causas da população negra. A ativista Lélia Gonzalez, a cantora e ex-deputada estadual de São Paulo, Leci Brandão e o Abdias Nascimento, ator que criou o Teatro Experimental do Negro, são alguns dos nomes presentes.
Lélia Gonzalez é apresentada como uma garota que se recusou a trabalhar como doméstica. Quando cresceu, se formou em Filosofia e História, se tornou uma grande pensadora do movimento negro e influenciou o trabalho da filosofa contemporânea Angela Davis.
“Pra Lélia Gonzalez, a contribuição fundamental dos negros nesse país criou a cultura brasileira.”
Emicida
Diversidade
O filme também defende a importância de viver e reconhecer a diversidade.
Assim como o prisma decompõe a luz branca em muitas outras cores, eu gostaria de decompor o preconceito em muitas outras possibilidades unidas no AmarElo.
Emicida